segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nota de Repúdio ao Cespe-UNB

Neste domingo, dia 21 de fevereiro de 2010, na cidade de Juazeiro - BA, realizei a prova do concurso público para provimento de vagas no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, buscando o desiderato de ser aprovado para o cargo de Técnico Judiciário (área administrativa). Referido certame foi organizado e realizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe-Unb), instituição reconhecida por sua competência na organização de diversos concursos em todo o país.
Entretanto, constatou-se uma total falta de respeito para com os candidatos, pelo menos os que estavam presentes no prédio onde fiz a prova (Colégio Polivalente Américo Tanuri). Referida escola não possuía sombra alguma, os candidatos amontoavam-se ao lado do muro e até mesmo atrás dos postes na vã tentativa de fugir do sol escaldante. Como se não bastasse, não havia por perto ninguém que vendesse nem água mineral, e os portões foram abertos faltando apenas 20 minutos para o início da prova, marcada para as 15 horas.
A sala onde fiz a prova não possuía ventilador, muito menos ar-condicionado. O telhado composto por amianto e algumas placas de isopor que ameaçavam desabar a todo instante sobre os candidatos. Ademais, a sala ficava de frente para o sol, que, com o decorrer do tempo, aumentava a sua incidência, prejudicando a todos.
Com esta estrutura invejável, esta escola ainda ostenta uma grandiosa placa informando que foi construída em meados de 1999, com recursos do Banco Mundial (BIRD) na gestão do eminente César Borges, apaniguado do cacique ACM. Talvez a família Magalhães saiba exatamente qual foi o real destino dos recursos que fatalmente seriam suficientes para construir uma escola minimamente digna.
E foi assim que me senti, tripudiado pelos neonazistas do Cespe-Unb, enclausurado numa câmara de gás, como se agia durante a 2ª Guerra Mundial. O princípio constitucional da dignidade humana (Constituição Federal de 1988, artigo 1º, inciso III) é aniquilado e obliterado de forma salerte e acintosa contra os candidatos a cargos públicos. Talvez se eu fosse um homicida e tivesse sido preso naquelas condições, certamente chamaria mais a atenção dos árduos defensores dos direitos humanos do que ser um cidadão brasileiro em busca de melhores condições de vida.

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